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[Soul  da  Terra]
"Um espetáculo sobre o Blues e suas influências na música e na dança"


16 | Nov | 2012 | 20h | Teatro Rondon Pacheco |
Estréia nacional | Uberlândia | MG



Conceito
A proposta do espetáculo [Soul da Terra] partiu do desejo de dois grupos artísticos investigarem as possibilidades de ressignificação das culturas de origem negra e suas permeabilidades contemporâneas, buscando-o através de suas ações culturais. De um lado, o TerraCotta Dança Afrocontemporânea que há 4 anos traz a cena da dança brasileira corpos em transmutação que se reinventam em busca de um diálogo profundo como suas matrizes de ancestralidade. Do outro, a Banda Nega Soul que nasce da capacidade inventiva de seus músicos e a habilidade de materializar com sua sonoridade uma espécie de “historiografia” da música negra, trazendo elementos e referências múltiplas que inauguram um novo olhar sobre a soul music.
Deste encontro artístico, para além de relações profissionais, surgem os laços de carinho e afeto que assinam de forma muito particular a construção desse trabalho. Permeado de desafios de várias naturezas, inclusive conceituais, o espetáculo veio se construindo entre a tênue linha de gêneros artísticos. Não se estabelecendo pela simples justaposição das linguagens da dança e música em separados, [Soul da Terra] nasce como um musical procurando um diálogo afinado, tendo a cena como suporte para os anseios e particularidades das duas expressões.
A busca por uma dramaturgia que abarcasse essa seara de desejos, encontra no universo do blues, o fio de luz que nos levou a investigar a cultura negra para além dos “estereótipos” e “folclorismos”. O vermelho que surge a princípio como signo revisitado dos relatos de angústia, dor e sofrimento do negro americano nos anos 30 e 40, também é o mesmo vermelho que nos traz a leveza da uma infância desmedida, a sensualidade, a volúpia e por que não questionamentos existenciais? O vermelho também como princípio e fim de uma vida. Uma memória daquilo que já não faz parte de nós ou presa em um devir, em uma percepção do movimento e do som pelos quais a realidade se transforma.

Release

A proposta do projeto [Soul da Terra] é se configurar como um espetáculo misto no qual música e dança se integram e dividem o mesmo cenário e o mesmo ambiente poético. Composto por treze cenas, o roteiro do trabalho pretende levar o público a diferentes emoções através de momentos de extrema comoção, tristeza e melancolia até cenas bem humoradas e permeadas de sátira e irreverência.
Serão apresentadas, pelo TerraCotta Dança AfroContemporânea nove coreografias que passeiam por diferentes técnicas da dança como a capoeira, street dance, jazz e dança contemporânea. As coreografias buscam estabelecer o percurso construído pela brasilidade dos corpos e seus movimentos urbanos. Como repertório musical a Banda Nega Soul interpretará onze canções que marcaram o imaginário da musica negra mundial, podendo destacar pérolas como Try a Little Tenderness do fenomenal cantor soul americano Otis Redding, Strange Fruit imortalizada pela voz de Nina Simone e Come On and See About Me do mestre do blues John Lee Hooker. 
No espetáculo que será estreado nacionalmente no dia 16 de novembro, em Uberlândia, estão envolvidos trinta artistas profissionais entre músicos, bailarinos, técnicos de som e imagem, além de assistentes e produtores. Destaque também para a construção da cenografia e figurinos que remetem aos porões dos bares americanos dos anos 30 em um diálogo com elementos digitais que instauram a influência da tecnologia na produção artística contemporânea;



[Soul da Terra ] o Processo...

Entrevista com Juliano Moraes | 09-10-2012 |

 

Com o processo de criação e ensaios a todo vapor, o espetáculo [Soul da Terra] com estréia para o dia 16 de novembro/2012,  conta em seu elenco de profissionais músicos e bailarinos de primeira grandeza. Abaixo confira a entrevista como o Guitarrista da Banda Nega Soul, Juliano Moraes, sobre sua participação nesse projeto.


Juliano, fale um pouco da sua carreira como músico:

“Pra não fugir a regra, desde criança tenho contato com música. Meu pai é instrumentista e tenho certeza que foi daí a principal motivação. Comecei com violão aos 10 anos de idade, sempre tocando e procurando reproduzir tudo que ouvia. Por ser autodidata, nem sempre esse caminho foi fácil, porém, eu diria que sempre foi "inspirativo". Depois de algum tempo a paixão aumentou e acabei me envolvendo com outros instrumentos de corda, percussão, enfim... se faz barulho, dá pra gente brincar de alguma forma. Hoje em dia, muito mais maduro nesse universo, tento voltar minha expressão pro que é mais original e essencial, exatamente no que essas duas palavras querem dizer: início da inspiração! Faço o que gosto, mas tento sempre não me prender a regras, imprimindo algum traço da minha personalidade artística.”

Qual o diferencial da Banda Nega Soul no cenário artístico da cidade e região?
“Acredito que o diferencial da banda Nega Soul, está em dois aspectos... o primeiro no estilo, pois foge a maioria do que se vende hoje na música. É uma vertente totalmente histórica e recheada de muito sentimento realista. Outro aspecto é a capacidade artística dos vocais que, a meu ver, dão uma cara toda especial a banda. Mesmo sendo suspeito pra falar, sei que são bem mais que belas vozes. Toda a afinidade, cumplicidade e irreverência que se vê no palco é uma característica única!” 

Quais suas expectativas como o projeto [Soul da Terra] o que mais te chama atenção?

“As expectativas são as melhores, claro! Como instrumentista sempre priorizei a sonoridade de cada nota.... a expressão que ela trás, porém, num musical, a expressão corporal também se torna importante e é isso que tem me chamado a atenção, principalmente por ser uma chance de aprender e trabalhar esse lado” 
Do repertório escolhido para esse espetáculo, fale sobre uma música em destaque, sua história e a relação que você tem com essa música.

“Queria falar de duas...isso porque pra mim, Strange Fruit (Autor: Lewis Allan (1939)
Versão: Nina Simone (1965) é a música mais profunda. Apesar de não participar da execução, por ser um solo piano voz, me marcou muito a mensagem dessa música.  Agora a música que me deixa mais a vontade é R E S P E C T (Composição Otis Redding (1965) -Versão : Aretha Franklin -1967). Não sei se pelo swing, ou se pela identidade contagiante da Aretha Franklin que ficou impressa nessa trilha, sempre me divirto muito a quando executo!”


Juliano Moraes – Guitarra e Violão


Músico autodidata, durante toda
a sua carreira trabalhou com
diversos estilos musicais.
Começou no gospel, passando
pelo sertanejo, pelo samba e indo
até rockn’roll. Versatilidade e técnica
apurada são suas principais características.
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Written by Lovely

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